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Se você é um viajante frequente, é possível que mesmo familiarizado com o ambiente dos aviões algo já despertou a sua curiosidade e atenção. Mas se você irá voar pela primeira vez, não se preocupe: o seu único trabalho será curtir cada segundo do voo. Diversos barulhos e movimentos fazem parte da operação de uma aeronave. Alguns deles são até mesmo pensados por engenheiros de maneira proposital, para que sejam vistos e ouvidos por tripulantes técnicos e tripulantes de cabine e indiquem o funcionamento normal de sistemas e diversas partes essenciais que compõem a estrutura de uma aeronave.
Barulhos e Movimentos de Uma Aeronave: Durante o Procedimento de Táxi
Na cabine de passageiros, grande parte das peças encaixadas — como os bagageiros que ficam acima dos assentos, por exemplo — possuem folgas em suas estruturas e balançam levemente acompanhando os movimentos da aeronave. Durante o procedimento de táxi (quando o avião está se deslocando em solo), será possível observar esses movimentos e até mesmo ouvir o barulho dessas estruturas.
Dentre as várias razões técnicas que justificam os motivos das peças se moverem, há um principal: caso as estruturas fossem totalmente rígidas e encaixadas sem nenhum tipo de folga, durante uma turbulência ou durante a decolagem e o pouso, quando as trepidações ocorrem em maior intensidade, tudo se quebraria ou desmontaria com enorme velocidade.
Barulhos e Movimentos de Uma Aeronave: Turbulência
Por falar em turbulência e movimentos, as asas do avião também balançam e se movem verticalmente, ainda que tenhamos a impressão de serem estruturas bastante rígidas e inflexíveis. Se fizermos a analogia do comportamento das asas com o rodar de um carro nas maioria das ruas brasileiras, pensaremos imediatamente no trabalho constante dos amortecedores que absorvem impactos, evitam danos maiores às partes do veículo e tornam a viagem mais confortável.
Nos aviões, o princípio é semelhante: assim como nos bagageiros internos, é justamente por conta da flexibilidade das asas que elas ganham tamanha capacidade de suportar esforços intensos em todas as fases de um voo. Se as fossem totalmente inflexíveis, qualquer turbulência seria sentida de maneira muito mais forte e abrupta. Com a repetição de todos os esforços de voo um uma estrutura excessivamente rígida, poderia acontecer a ruptura total das asas em pleno voo. Portanto, se há o movimento das superfícies de voo, é por elas estarem funcionando conforme o projetado!
Barulhos e Movimentos de Uma Aeronave: Aproximação ao Destino
Durante a aproximação para a chegada no destino, os ruídos também voltam a aparecer com maior intensidade. Na fase de descida, a aeronave passa a ser configurada pelos pilotos para que tudo ocorra de maneira segura. Na cabine de comando tudo funciona como uma orquestra: uma série de procedimentos são executados, comandos são dados e alavancas são movimentadas. Cada movimento possui uma função específica, e apesar dos passageiros não conseguirem enxergar a cabine em nenhum momento, poderão ver e sentir alguns dos comandos dados pelos tripulantes.
Gulfstream G500 em aproximação ao destino Gulfstream G200 em aproximação ao destino
Os motores da aeronave trabalham constantemente, auxiliando na manutenção das velocidades e das altitudes estabelecidas no procedimento de descida. Caso observem as asas, notarão enormes superfícies aparecerão na parte posterior delas, e esse surgimento também produz um som que chama a atenção de muita gente. São os flaps, superfícies chamadas de hipersustentadoras, sendo estendidos.
Os flaps tem como função principal permitir que a velocidade do avião possa ser reduzida sem que a sustentação no ar seja degradada. É pela existência dos flaps que a aeronave pode sair dos mais de 800km/h para cerca de 270km/h no momento do pouso. Por serem movidos através de pequenos motores elétricos, os seus movimentos transportam o ruído por toda a cabine. Ou seja: se o motorzinho está funcionando, os flaps estão cumprindo lindamente o seu papel.
Após o toque na pista durante o pouso mais trepidações, movimentos e barulhos. Nesse momento, diversos sistemas e partes do avião atuam de modo simultâneo para que o procedimento seja concluído de maneira segura e o avião seja desacelerado dentro dos limites da pista. Na parte superior das asas, diversas placas se abrem verticalmente: são os spoilers (ou speedbrakes), que atuam de modo a “quebrar” a sustentação produzida pela asa, alterando deslocamento do fluxo do ar que faz o avião voar e auxiliando na frenagem, tornando-a mais efetiva.
Learjet 35A após procedimento de pouso
A trepidação das rodas, o funcionamento dos freios e o característico som dos reversores dos motores são certamente as características mais notadas pelos passageiros. Os reversores são dispositivos situados nos motores que funcionam como auxiliadores da frenagem. Para que isso ocorra, a abertura dos reversores comandada pelos pilotos tem como objetivo inverter o ar que passa pelos motores. Em linhas gerais, enquanto em funcionamento normal dos motores eles empurram o avião para frente, deslocando para trás o fluxo de ar, em modo de reversão o efeito contrário é realizado. Esse funcionamento é bastante ruidoso — e é responsável pelo barulhão que invade os ouvidos dos passageiros mesmo nos minutos finais da viagem.
Conclusão
Apesar de tantas coisas acontecendo ao mesmo tempo, os barulhos, movimentos e sons ainda assim não foram capazes de roubar toda a sua atenção e tranquilidade. Com tudo funcionando conforme planejado, a viagem termina do jeito que só a aviação proporciona. Rapidez e segurança são pilares fundamentais do voo! E agora que você já conhece a razão da maior parte dos barulhos mais comuns nos aviões, aproveite as empty legs oferecidas pela Flapper para viajar com rapidez e exclusividade. Ou, se um momento de descanso após uma semana de trabalho é necessário, embarque para a paradisíaca Angra dos Reis nos nossos voos semanais partindo de São Paulo voando no moderno e confortável Cessna Grand Caravan. Bons voos!