Qual é a chance de contaminação pelo Covid-19 na aviação executiva?

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De todos os meios de transporte, o aéreo é o que apresenta a menor chance de contaminação em relação ao novo coronavírus. Isso se deve a inúmeros fatores, que vão desde a cartilha com protocolos de segurança adotada pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) até os filtros que renovam o ar dentro da cabine durante o voo. 

Saiba mais abaixo por que a aviação executiva é mais segura em relação ao contágio pelo coronavírus.

Filtros de ar mais eficientes

O ar que se respira dentro de uma aeronave nunca é o mesmo, até porque, se fosse, não haveria a pressão ideal para o ser humano longe do solo. A taxa de troca do ar dentro de uma cabine é mais alta do que em qualquer ambiente interno, reduzindo, dessa forma, as chances de se contrair o novo coronavírus em um voo.

Em um avião comercial, essa troca de ar é realizada por meio de um filtro chamado HEPA, capaz de reter até 99,99% de qualquer material, como vírus, bactérias e fungos. A troca de todo o volume de ar dentro da cabine leva em torno de dois a três minutos. Já na aviação executiva, essa troca acontece em menos de um minuto. Por exemplo, em um avião da família King Air, como o C90GTx, o ar é trocado em 30-35 segundos, fato que coloca essa categoria de voo em um elevado patamar de segurança. Com a renovação vinda do exterior, o aquecimento do ar e a pressurização, nenhum micro-organismo consegue sobreviver no interior da aeronave.

Menos pontos de contato

A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) lançou uma cartilha, em maio deste ano, com uma série de orientações, como o uso obrigatório de máscaras por passageiros, funcionários e tripulação, distanciamento social, além da instalação de dispensers com álcool em gel, entre outras medidas. Tais ações fazem a experiência com o transporte aéreo uma das mais seguras em relação ao contágio da covid-19.

Mesmo assim, sabe-se que uma das principais formas de contágio do vírus se dá por meio do contato com alguma superfície. Em um voo comercial, por exemplo, essas áreas acabam sendo inúmeras, indo do check-in ao simples e imperceptível toque no corrimão de uma escada.

No entanto, na aviação executiva, muitos desses procedimentos não existem, além de que os pontos de contato, nos quais os passageiros interagem, são menores do que na modalidade convencional.

No caso de voos comerciais, estima-se que, em todo o processo de ida ao aeroporto, embarque, desembarque e saída do aeroporto existam, em média, 600 áreas de contato, que são toques em superfícies, encontros com outras pessoas, entre outras possibilidades, que aumentam a chance de contrair o Covid-19. Já no caso dos voos executivos, todo esse processo é encurtado (leia mais no tópico abaixo) e os pontos de interação são reduzidos para apenas 20, ou seja, a chance de ter contato com algum vírus em uma operação aérea convencional é 30 vezes maior do que em um voo executivo.

Diferença no processo de embarque

O processo de embarque em um voo comercial obedece a uma série de procedimentos, como:

  • check-in;
  • despacho das bagagens;
  • embarque no saguão;
  • transfer até a aeronave;
  • fila para chegar ao assento;

Além disso, se o embarque for em horários de pico, o terminal provavelmente estará cheio e a fila do cafezinho, grande.

Na aviação executiva, no entanto, é diferente.

A começar pelo cafezinho, todos os processos necessários para o embarque são simplificados. Não existe burocracia tampouco filas. Do estacionamento, o passageiro entra direto em uma sala privativa, com mesas, cadeiras e poltronas, já próxima à pista de decolagem.

Também não existe check-in, pois o passageiro recebe, com antecedência e via e-mail, o bilhete de embarque com as indicações básicas do voo. Quando chega a hora do embarque, em alguns aeroportos, a pessoa consegue ir a pé até a aeronave, que tem capacidade para um número bem menor em relação a uma operação comercial.

Ou seja, uma das principais vantagens da aviação executiva, em tempos de pandemia, é o fato de não haver experiência com o ‘front-end’, comum na aviação comercial. E tudo isso sem falar que você pode chegar com antecedência de até dez minutos ao voo.

Afinal, qual é a chance de contaminação ao voar?

O risco de se contaminar com a covid-19 no transporte aéreo é baixo e praticamente inexistente no caso da aviação executiva. Um estudo realizado esse ano pelo MIT – Massachusetts Institute of Technology, e corroborado por especialistas do mercado de aviação executiva, aponta o seguinte cenário:

  1. Em um voo comercial, a chance de você contrair o vírus é 1 em 4.300. Em média, o ar da cabine é renovado por filtros HEPA a cada 2-3 minutos.
  2. Com o assento do meio vazio nas fileiras, a chance de contaminação reduz para 1 em 7.700. Porém, o custo de implementação dessa logística é alto e a redução percentual não é expressiva o suficiente para justificar a medida.
  3. Em um avião executivo, as chance são 20-30 vezes menores, em média 1 em 80.000. Como mencionado anteriormente, um turbo-hélice popular, como o King Air B250, tem o ar de sua cabine renovado a cada 30-35 segundos.
Chance de contágio por covid-19 em voos
Chance de contágio por covid-19 em voos

A análise foi feita levando em consideração os diferentes fatores mencionados, como a troca de ar na cabine, que é realizada em intervalos menores do que na aviação convencional – 2-3 minutos é o tempo que se leva para a troca de ar em um voo comercial, enquanto na aviação privada esse intervalo diminui para menos de um minuto.

Além disso, o processo de embarque, que é muito mais prático – e rápido – em um voo executivo, já que a maior parte das operações não exige a série de procedimentos adotados nos aeroportos para voos comerciais, tais como check-in, transfer até a aeronave, entre outros.

Outro aspecto que faz da aviação executiva uma forma mais segura em relação ao contágio do novo coronavírus são os pontos de contato, que são toques em superfícies, encontros com outras pessoas, etc – em um voo privado acontecem em torno de 20 interações, principalmente limitado a contato com a tripulação e funcionários do hangar, enquanto na aviação convencional esse número pode chegar a 600, incluindo o público geral do aeroporto.

Se você ainda está com dúvidas sobre a chance de contaminação nos voos, não deixe de conferir os procedimentos adotados pela Flapper para garantir a sua segurança em todo momento.

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