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Quantas vezes você já foi surpreendido antes de um voo ao saber que a meteorologia não estava favorável para que a decolagem pudesse ocorrer com segurança? Ou, quantas vezes uma arremetida antes do pouso tornou a sua viagem um pouco mais longa do que o habitual?
Passando por isso ou não, é fato: a meteorologia é um dos fatores mais importantes durante o planejamento de um voo. Muito antes do seu embarque, até mesmo enquanto você ainda está descansando tranquilamente em sua casa ou trabalhando na mesa do seu escritório, pilotos e despachantes técnicos operacionais estão, juntos, analisando todos os prognósticos disponíveis para que o planejamento do itinerário obedeça aos mais elevados padrões de segurança e também aos requisitos mínimos operacionais de cada aeronave.
Com o avanço da tecnologia e dos meios de consulta às informações aeronáuticas, ao longo das últimas décadas, as informações meteorológicas tornaram-se ainda mais refinadas, permitindo planejamentos precisos assim como, voos mais confortáveis e seguros. Imagens de satélite passaram a ser disponibilizadas em alta definição, do mesmo modo que as cartas meteorológicas — nome dado ao documento onde constam todas as informações utilizadas por pilotos e despachantes — passaram a conter ainda mais informações sobre avanço ou recuo de frentes frias e quentes, atividades vulcânicas, correntes de jato em altas altitudes, nuvens potencialmente nocivas ao voo, ciclones e tempestades tropicais e até mesmo atividades meteorológicas intensas próximas aos trópicos ou à linha do Equador. Onde fica localizada a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT, ou ITCZ na siga em inglês).
Aviação: Feita de Aprendizados
Em Junho de 1982, um Boeing 747 britânico cumpria uma rota regular entre Londres, Reino Unido, e Auckland, Nova Zelândia. A bordo, estavam 248 passageiros e 15 tripulantes. Durante o sobrevoo no território Malaio, próximo à cidade de Kuala Lumpur, os tripulantes técnicos notaram o surgimento de um fenômeno chamado Fogo de Santelmo, uma descarga eletroluminescente provocada pela ionização do ar nas proximidades de uma área com forte atividade elétrica. O fenômeno ganhou, ainda, a atenção dos passageiros sentados na parte frontal da aeronave, já que também passou a ser notado nas asas do enorme jumbo.
Minutos após o surgimento do fenômeno, passou-se a sentir um forte cheiro de enxofre em toda a extensão da cabine de passageiros, junto a uma fumaça preta cada vez mais densa jorrada pelos dutos de ventilação do ar condicionado. Com a necessidade do uso das máscaras de oxigênio por conta da dificuldade cada vez maior de respiração natural à bordo, a temperatura regulada para vinte e um graus na cabine de passageiros do Boeing foi substituída por um intenso calor, próximo dos 37 graus. Nesta rápida sucessão de eventos, os quatro motores do avião se desligaram, um após o outro, em um evento raríssimo chamado de “Total Engine Flame-Out”. Imediatamente, o Boeing 747 se transformou no maior avião planador do mundo. E, na posição em que estavam e nas condições de altitude, velocidade, peso e balanceamento no momento do apagamento total dos motores, seria possível voar por mais apenas 170 quilômetros.
Enquanto a aeronave descia lentamente, os tripulantes técnicos seguiam todos os procedimentos necessários para que os motores fossem religados. Na cabine de passageiros, os comissários de bordo preparavam a cabine para um pouso de emergência. Minutos após, tão rápidos quanto os eventos que transformaram o jumbo em um enorme planador, todos os motores do avião passaram a funcionar novamente em sequência. Com isso, imediatamente a tripulação optou por pousar em Jacarta, na Indonésia. O pouso foi um sucesso e todos os ocupantes da aeronave saíram ilesos.
O incidente passou, então, a ser investigado por autoridades aeronáuticas do Reino Unido, local de origem e de matrícula da aeronave, inclusive por autoridades da Malásia e da Indonésia. Em pouco tempo, constatou-se a causa do que poderia ter sido um acidente catastrófico: a aeronave penetrou, sem que os seus tripulantes soubessem, em uma área repleta de atividade vulcânica. O vulcão Galunggung, um dos diversos vulcões ativos na Ilha de Java, foi o responsável por expelir enorme quantidade de cinzas vulcânicas na atmosfera. Logo, sem qualquer alerta de atividade vulcânica e sem quaisquer prognósticos meteorológicos que indicassem o perigo vulcânico, o voo prosseguiu sem qualquer desvio ou rota alternativa.
Com todos os aprendizados oriundos desse evento de 1982, todos os setores da aviação aprimoraram os seus alertas de atividade vulcânica, fornecendo detalhadamente aos pilotos todas as informações necessárias para as rotas a serem voadas, sendo proibida as operações em um generoso raio de distância e altura a partir do epicentro da atividade de qualquer vulcão. Por isso, hoje em dia não existem quaisquer relatos recentes de aeronaves envolvidas em incidentes ou acidentes que tenham como causa a penetração em cinzas vulcânicas.
Tecnologia: Grande Aliada na Análise Meteorológica
Atualmente, grande parte das aeronaves que compõem a aviação executiva e o setor de táxi aéreo do Brasil são dotadas de diversos incrementos tecnológicos que, quando utilizados de maneira correta, contribuem para o aumento da segurança de voo, aumentando também a previsibilidade da tripulação quanto ao que será enfrentado em voo. Dessa forma é permitido que todos os desvios ou medidas mitigadoras sejam tomados com bastante tempo de antecedência. Isso ocorre por dois principais fatores: a adoção de elementos refinados e de altíssima tecnologia, como as antenas de detecção meteorológica instaladas no nariz ou na asa dos aviões e também a adoção do “glass cockpit”, responsável por tornar as cabines dos aviões cada vez mais modernas, digitais e interativas.
Através das telas presentes nas cabines dos aviões, os tripulantes podem visualizar durante todo o tempo, quaisquer formações meteorológicas que causem desconforto ou sejam perigosas ao voo. A atuação da antena se dá pela resplandecência de gotículas de água presentes em nuvens e na própria atmosfera. Esses resultados após serem processados por computadores, são exibidos em cores com atualização instantânea, diretamente aos pilotos. Assim, tornou-se possível saber com exatidão os locais ideais para que a rota do voo seja a mais otimizada possível, sob todos os aspectos.
Já em algumas aeronaves, tamanho é o avanço tecnológico embarcado nas cabines de comando que, com muita facilidade, é possível solicitar a qualquer tempo através de comunicação via satélite as informações meteorológicas atualizadas. Não apenas para a rota, como também para o aeroporto de destino e aeroportos de alternativa, caso o local original de pouso não esteja praticável para a aterrissagem. Essas mensagens são exibidas em texto — em um sistema semelhante a um comunicador de mensagens instantâneas — enviadas por um sistema automatizado em solo. Em alguns casos, a comunicação entre a aeronave e o solo acontece por meio de um meteorologista, sinalizando em tempo real tudo o que for necessário para que os pilotos consigam tomar as melhores decisões com tempo hábil. Com isso, mesmo em locais onde a comunicação via rádio é instável, fica possibilitado o acesso às informações que previnem acidentes e incidentes aéreos.
A Sua Segurança Está em Primeiro Lugar
Quando o comandante da aeronave, junto a outro comandante ou copiloto do voo, decide postergar a decolagem ou alterar o local do pouso durante o voo, ela sempre é tomada visando a segurança dos passageiros, da aeronave e de sua própria vida. Todos os aprendizados colhidos ao longo de anos de experiência, bem como após diversos aprimoramentos em toda a indústria aeronáutica, são traduzidos no refinamento das decisões tomadas pelos responsáveis do voo.
É exatamente por isso, pelo compromisso de transportar você, nosso cliente, dentro dos mais elevados padrões de segurança existentes, que a Flapper conta com diversas empresas de táxi-aéreo parceiras com histórico impecável de segurança. Além disso, todas as aeronaves utilizadas são devidamente autorizadas pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) para táxi aéreo. Isso garante a certeza da supervisão, fiscalização e submissão às normas impostas pelo órgão regulador, trazendo ainda mais seriedade por parte da empresa dos operadores, processos de segurança que envolvem o voo, a manutenção das aeronaves e sobretudo, o treinamento dos tripulantes envolvidos na operação.
Assim, ao escolher uma Empty Leg disponível no site ou no aplicativo da Flapper ou reservando um voo exclusivo, dedicado às suas necessidades, você poderá voar com toda a tranquilidade, conforto e com a certeza de estar sendo bem cuidado por todos nós. Esperamos você em um próximo voo!