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O restrito segmento da aviação executiva tem, dentro de si, uma faixa de mercado ainda mais restrita: a de aeronaves ultra-long range. Essa fatia engloba jatos capazes de voar trechos com mais de 4 mil milhas de distância (7,5 mil km), com velocidade, conforto e número de assentos superiores à média da indústria. Dentre essas potentes e luxuosas máquinas, a família Gulfstream se destaca. A linha de aeronaves de grande alcance da fabricante norte-americana nasceu na década de 80 (sendo ques os primeiros jatos heavy-jet da Gulfstream foram produzidos já em 1959, sob a marca de Grumman) e, em pouco tempo, se tornou a queridinha de executivos das grandes corporações.
Com uma lista de proprietários que vai do ator Tom Cruise ao bilionário da tecnologia Elon Musk, é de se imaginar que ser dono de um Gulfstream não seja para qualquer um. E de fato não é, já que somente o custo de aquisição da aeronave nova chega aos US$ 60 milhões. O fretamento de modelos Gulfstream é, então, a solução ideal para quem quer sentir o gostinho de voar num dos jatos mais exclusivos da indústria sem ter que arcar com a compra e a manutenção da aeronave.
Com a mão no manche
Com vasta experiência em voos de longa duração na aviação executiva, convidamos para este texto os comandantes Jansen e Fernando Heluey. Eles operam dois dos mais populares Gulfstreams no mercado: o G450 e o G550 – ambos disponíveis para fretamentos na plataforma Flapper.
Gulfstream G450 Gulfstream G450
Jansen tem 34 anos de experiência na aviação, sendo 12 deles no ramo executivo. O comandante tem no Rio de Janeiro sua base, onde atua pela Helistar Táxi Aéreo há 9 anos. Assim como o colega, Heluey também se aproxima dos 40 anos de aviação. O comandante trabalha no mercado norte-americano, alocado em Fort Lauderdale, à frente dos jatos da Uno Aviation.
Conforto em 1º lugar
Ambos sabem que existem muitos motivos para escolher voar de Gulfstream. O conforto, entretanto, parece ser unanimidade. Operacionalmente, Fernando Heluey destaca que “o Gulfstream tem duas principais características: a capacidade de passageiros, que passa os 14 assentos, e o longo alcance, atendendo de 4 a 6 mil milhas”. Porém, ele ressalta que “o principal que o passageiro procura é conforto e confiabilidade”.
Interior do Gulfstream G650 Interior do Gulfstream G650
O comandante Jansen exemplifica com um tipo de operação cotidiano na indústria: o uso por grandes empresários, “que precisam chegar em seus destinos bem descansados”. “Quem está a bordo pode estar viajando para fechar um negócio importante. O Gulfstream permite que você voe 14 horas e vá direto trabalhar”, explica.
Made in USA
A linha Gulfstream se beneficia também por ter um DNA norte-americano. “Os Estados Unidos têm muita experiência no setor, porque têm muitos empresários, que voam muito e que voam grandes distâncias”, segue Jansen, citando o fato de o país, com frota de mais de 20 mil jatinhos, ser o maior mercado do mundo no segmento executivo.
Vivendo essa realidade de perto, Fernando Heluey reforça a opinião do colega. Para ele, tem sua importância o fato do Gulfstream ser um “produto local”. “O próprio mercado faz essa distinção, um Gulfstream tem muito mais saída do que um Falcon (Dassault, francês), por exemplo.” “O americano em si é muito nacionalista, acho que isso pesa bastante”, acrescenta.
Além da identidade, outro fator que envolve o nascimento de um projeto é seu objetivo final. Diferentemente de alguns rivais, que foram adaptados da aviação comercial, a família de ultra-long ranges da Gulfstream nasceu tendo a aviação executiva como espinha dorsal. “Detalhes do Gulfstream como qualidade do ar e pressurização da cabine só existem porque o projeto, desde o zero, foi pensado para dar esse tipo de performance, para que o passageiro chegasse bem ao destino”, complementa Jansen.
Serviço de ponta
Por estar inserida em um nicho extremamente caro e exclusivo, a operação dos Gulfstreams não se restringe a performance. Serviço é outra palavra de peso no segmento e, como era de se esperar, os G atuam com maestria. “Mandatoriamente a gente tem que voar com uma comissária de bordo bem treinada, é fundamental”, conta Heluey.
O comandante da Uno Aviation elenca os mimos disponíveis aos passageiros da Gulfstream. “A aeronave tem todas as comodidades, desde wi-fi, internet via satélite, câmeras externas a entretenimento”, começa. Além disso, “tem uma galley completa, com forno elétrico, microondas, refrigerador, todo um serviço de pratos, talheres e copos de primeira linha”.
Interior do G450 Interior do Gulfstream G650
O comandante Jansen aborda as várias configurações de layout possíveis no jato. “São muitas, mas a maioria tem uma cama de casal na parte traseira da aeronave. A área vira uma suíte com toalete privado em que é possível até mesmo acrescentar um chuveiro”, conta. Poltronas na parte frontal do jato se unem e, adaptadas com colchões, servem como confortáveis camas para os demais passageiros.
Como e por onde voam
Utilizado quase sempre para longas jornadas, os Gulfstreams tem como praxe serem operados por dois comandantes. Em voos para a Europa, por exemplo, Jansen relata dividir a função com outro colega, além da companhia de um comissário. Já Heluey, seguindo normativas norte-americanas para voos longos, trabalha com outro comandante, mais um copiloto e o comissário.
Assim como as regulamentações, as práticas também mudam de país para país. A bordo do G450, o comandante Jansen voa frequentemente para destinos na América Latina, além de rotas diretas para Miami e Lisboa. “Para outros destinos eu preciso fazer uma parada de abastecimento (de 30 a 40 minutos) e então consigo chegar em qualquer lugar dos Estados Unidos e da Europa”, relata.
Fernando Heluey, por sua vez, varia entre viagens para Brasil, Caribe e México, além de operações frequentes rumo a Europa e Ásia. Retrato de uma aviação abalada pela pandemia do covid-19, o comandante baseado nos Estados Unidos afirma que, nos últimos meses, têm sido raras as oportunidades de cruzar fronteiras. “Na nossa operação hoje, 70% dos voos são domésticos”, diz, destacando as viagens de costa a costa.
Quero fretar
No aplicativo móvel da Flapper, com apenas alguns cliques, é possível simular cotações para voos nacionais e internacionais a bordo de Gulfstreams. Após escolher os aeroportos de origem e destino, o usuário é apresentado a uma lista de ofertas. Nesta tela, os resultados podem ser filtrados, selecionando assim apenas o modelo de aeronave desejado – no caso, a linha Gulfstream (modelos G150, G200, G280, G450 ou Gulfstream IV, G500, G550 e G650ER).
Gulfstreams disponíveis na América Latina e Caribe
Em nossas frotas parceiras temos diversos modelos de Gulfstreams disponíveis, que podem atender perfeitamente sua necessidade de acordo com o número de passageiros e o destino escolhido. Abaixo você pode conferir as aeronaves:
Gulfstream G150
G150 Interior do G150
Gulfstream G200
G200 Interior do G200
Gulfstream G280
G280 Interior do G280
Gulfstream GIV-SP
GIV-SP Interior do GIV-SP
Gulfstream GIV
GIV Interior do GIV
Gulfstream G450
G450 Interior do G450
Gulfstream G500
G500 Interior do G500
Gulfstream G550
G550 Interior do G550
Confira abaixo cotações de viagens citadas neste texto:
Rio de Janeiro (Galeão) – Lisboa
- Modelo: Gulfstream IV (16 assentos)
- Tempo de voo: 545 minutos
- Modelo: Gulfstream G550 (15 assentos)
- Tempo de voo: 521 minutos
Fort Lauderdale – São Paulo (Guarulhos)
- Modelo: Gulfstream IV (16 assentos)
- Tempo de voo: 466 minutos
- Modelo: Gulfstream G550 (16 assentos)
- Tempo de voo: 490 minutos