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Ter o segundo maior mercado da aviação executiva no mundo faz do Brasil uma escolha óbvia para aqueles que buscam fazer experiências neste setor cada vez mais potencial. Ainda pouco explorado de forma consistente, os transfers urbanos de helicóptero – também chamados de “uber aéreo” – têm sido alvo, nos últimos anos, de análise por empresas do segmento de mobilidade urbana e aviação.
Desde 2016, São Paulo recebeu modelos de negócio que tentavam desbravar esta modalidade de uber aéreo. Alguns duraram pouco e outros sofreram consequências devido à crise global causada pela pandemia de covid-19. Com o encerramento das operações de helicóptero sob demanda na América Latina, a Uber, por exemplo, deixou uma lacuna imensurável no setor de aviação privada nas grandes cidades da região.
Soluções como Flapper, CabiFly e Voom surgiram, desde então, como as melhores alternativas para reservas de voos de helicóptero e aviões. Como foram criadas? Qual delas ainda está ativa? Quanto custam os seus serviços? No artigo a seguir analisaremos o estado atual do setor de aviação privada sob demanda no Brasil e na América Latina.
UberCopter – o uber aéreo
A solução da Uber para voos de helicóptero sob demanda surgiu em 2016 e foi testada pela primeira vez nos céus do Brasil. O UberCopter até operou voos em uma ação durante o Festival de Cannes 2015, mas a estreia ao público geral ocorreu de fato no ano seguinte, em São Paulo.
Em parceria com a Airbus, esse serviço de uber aéreo operava em nove pontos da Grande São Paulo, ligando entre si os aeroportos de Congonhas, Guarulhos, Campo de Marte e Viracopos, além de oferecer itinerários para cinco helipontos: Blue Tree Faria Lima, Hangar ABC, Helicentro Morumbi, Hotel Transamerica e Sheraton WTC.
No entanto, sua história foi curta e não durou mais do que um mês – de junho a julho de 2016. Voando nos modelos Esquilo AS350 e EC130 da Airbus, assim como nos Robinson R44, o serviço tinha um viés analítico além do comercial. A parceria não visava apenas o lucro – havia grande interesse dos franceses na coleta de dados dos usuários (como rotas e horários, perfis dos passageiros e suas bagagens) para a construção de sua aeronave elétrica urbana, o eVTOL.
Em São Paulo, o UberCopter foi lançado com preços promocionais, tendo trajetos curtos entre helipontos no valor de R$66 por assento. Pouco tempo depois, as cotações ganharam o acréscimo de taxas de pouso e as viagens de UberCopter subiram até 150% em relação ao praticado inicialmente.
A Uber também fez tentativas para implementar o serviço de transfers urbanos por helicóptero em outros países da América Latina, mas, sem o aval de órgãos governamentais, a empresa não conseguiu tirar do papel o projeto no Chile, na Colômbia e no México.
Os estudos e testes sobre a viabilidade do serviço de uber aéreo continuam. Atualmente restrito a uma única rota entre o Aeroporto Internacional JFK e a baixa Manhattan, o UberCopter de Nova York foi lançado oficialmente em julho de 2019. As viagens variam entre US$ 200 e US$ 225 por assento e só podem ser solicitadas por usuários Platinum e Diamond do programa Uber.
Voom
A Voom surgiu em 2017, na divisão de inovação da Airbus, a Acubed (A³). A primeira base de seu serviço foi São Paulo, aproveitando a frota e a infraestrutura da cidade e fazendo uso do conhecimento adquirido meses atrás por meio da parceria com a própria Uber.
No início, eram cinco pontos de pousos / decolagens em São Paulo (Cumbica, Congonhas, Campo de Marte, Helicidade e Blue Tree Faria Lima), com funcionamento de segunda a sexta-feira. Nessa nova tentativa, a empresa readequou os valores praticados pelo UberCopter, mas ainda conseguiu oferecer preços inferiores aos operadores de uber aéreo convencionais. O trecho entre os aeroportos de Congonhas e Guarulhos, por exemplo, era um dos mais caros no lançamento e custava R$550 por assento – em um voo que poderia ser compartilhado com outros 3 a 4 passageiros. Mais tarde, a plataforma faria novos ajustes e trabalharia com valores entre R$550 e R$625 por assento.
Com restrição de horários e distante da média de voos diários pré-estabelecida, a Voom não conseguiu ser sustentável no mercado brasileiro. Além dos custos operacionais altos, que chegam aos R$4.5 mil por hora de voo nos modelos Esquilo, e uma demanda incapaz de fechar as contas, com muitos helicópteros retornando vazios de suas operações, a solução foi diminuir a oferta. No final de 2019, o serviço operava apenas rotas entre Guarulhos, Faria Lima e Alphaville.
A plataforma da Airbus não ficou restrita a São Paulo, no entanto. Em 2018, chegou à Cidade do México e, no ano seguinte, expandiu para San Francisco. No início de 2020, a A³ anunciou a suspensão das operações do seu uber aéreo por conta da pandemia e, pouco depois, oficializou o encerramento definitivo do projeto.
Cabifly
Diante das experimentações da Uber, a empresa com sede em Madri decidiu se aventurar no segmento. A trajetória do seu serviço seguiu os moldes da companhia norte-americana, com restrição de rotas, preços acessíveis e tendo ao lado uma parceira com mais know-how do que eles próprios.
Sua estreia aconteceu em 2016 na Cidade do México. Inicialmente apelidado de Cabifly Shuttle, o serviço usaria helicópteros de um operador local, ligando o Aeroporto Internacional (CDMX) a um heliponto na região de Polanco. As saídas aconteciam a cada 30 minutos e o trajeto custava US$95 por assento.
Para entrar no mercado latino-americano, a Cabify seguiu o caminho previamente trilhado pelo serviço de uber aéreo. Os olhos dos espanhóis se voltaram para a Voom, que naquele momento acabara de completar 100 dias de operações em São Paulo. Em agosto de 2017, o lançamento do Cabifly foi anunciado ao público.
No aplicativo regular da Cabify, de transporte terrestre, foi adicionada a opção Cabifly, que automaticamente cotava viagens de helicóptero para um itinerário pesquisado. Uma vez selecionada a função Cabifly, o usuário era direcionado para a WebApp da Voom para dar sequência a solicitação – se tratando, então, de uma integração de plataformas.
O serviço fazia uso de sete helipontos da região metropolitana de São Paulo, além dos aeroportos de Congonhas, Cumbica, Viracopos e Campo de Marte e os helipontos do Maksoud Plaza Hotel, WTC São Paulo, Blue Tree Faria Lima, Alphaville Helicenter e Helicidade. No Cabifly, as rotas mais curtas custavam a partir de R$200, podendo chegar a R$440 no trecho Avenida Paulista – Guarulhos, refletindo, em outras palavras, o nível de preços praticado pela Voom.
Com o recente anúncio do fim do projeto criado pela Airbus e pela sua incubadora de inovação, a opção de transfers urbanos de helicóptero na plataforma espanhola deixou de existir.
Flapper
Do potencial ocioso da aviação executiva e da necessidade de conectar pessoas a regiões isoladas da malha aérea comercial brasileira, surgiu a Flapper, em meados de 2016. O caminho para se consolidar no mercado da aviação executiva teria de passar pelos grandes centros do país, por isso foi essencial para o crescimento da plataforma os testes iniciais realizados após os Jogos Olímpicos Rio 2016 – naquele momento, o serviço se resumiu à rota São Paulo – Rio de Janeiro com fretamentos de aeronaves turbo-hélice sob demanda e primeiros voos compartilhados.
Em 2017, a plataforma já oferecia voos ocasionais entre São Paulo e Rio de Janeiro e logo iniciou a oferta de rotas para cidades do litoral fluminense, como Angra dos Reis e Búzios.
Logo batizada como “o uber dos ares”, a Flapper implementou uma função de transfers urbanos em seu aplicativo mobile. O modelo de negócio da Flapper prevê apenas o fretamento dos helicópteros, sem a opção de compartilhamento de voos, devido ao alto grau de complexidade da operação e da falta de rentabilidade de serviços similares.
Atualmente, na ferramenta é possível contratar voos de helicópteros em todo o território nacional, além de países da América Latina, como Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, México, Panamá, Paraguai, Peru e Uruguai.
Estabelecida no mercado brasileiro, a Flapper é hoje a solução mais parecida com os já interrompidos UberCopter e Voom. A expectativa de lançamento e homologação dos eVTOL, aeronaves elétricas urbanas em desenvolvimento por grandes fabricantes da indústria da aviação, posicionam a Flapper como potencial plataforma top of mind para voos compartilhados.
Confira abaixo exemplos de rotas populares:
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